Em Lauro de Freitas, região metropolitana da capital, um cenário de descaso se desenrola em frente da sede da empresa Creta, onde trabalhadores terceirizados estão sendo submetidos a horas de espera em condições deploráveis. Desde a manhã de ontem, quinta-feira (22/02), ex-funcionários buscam realizar suas homologações de demissão em pé, sob chuva, sem acesso a banheiros ou água potável. O SINTRAL Bahia interveio, fornecendo sombreiros e apoio para amenizar o problema e cobrando solução da equipe da organização.
Agravando a situação, um encarregado da empresa, conhecido como Júnior, fez um comentário que evidenciou a insensibilidade da gestão: comparou a adversidade enfrentada pelos trabalhadores à diversão em um trio elétrico durante o carnaval, sugerindo que a situação “não deveria estar tão ruim assim”. Esse posicionamento gerou indignação entre os presentes e o sindicato.
Mauricio Roxo, presidente do SINTRAL Bahia, criticou a postura da empresa e o comentário do encarregado, destacando a falta de empatia e profissionalismo. “Esse tipo de atitude demonstra o desrespeito contínuo da Creta para com seus trabalhadores. Não é apenas um incidente isolado, é reflexo de uma cultura empresarial que desvaloriza seus empregados”, afirmou Roxo.
O presidente do SINTRAL Bahia anunciou ainda que medidas estão sendo tomadas, incluindo uma denúncia formal ao Ministério Público do Trabalho (MPT), para garantir que injustiças como essas não permaneçam impunes. O sindicato permanece firme em sua missão de proteger a dignidade e os direitos dos trabalhadores terceirizados, especialmente em face de tais atitudes desumanas por parte dos empregadores.