Na manhã desta sexta-feira (06), a frente da Secretaria Municipal de Educação (SMED) foi palco de um protesto organizado pelo SINTRAL Bahia. Centenas de trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da Educação se reuniram em um ato que buscava chamar a atenção para questões salariais, benefícios defasados e a falta de diálogo por parte das empresas contratantes e da própria secretaria. Um dos episódios marcantes da manifestação foi a indiferença do secretário Thiago Dantas, que, mesmo com a presença massiva dos manifestantes, optou por não recebê-los.
“É lamentável que, em um momento tão crucial para os terceirizados da Educação, o secretário opte por não dialogar. Temos relatos de perseguições por parte das empresas para com aqueles que demandam melhores condições de trabalho. Isso não pode continuar”, afirmou Maurício Roxo, presidente do SINTRAL Bahia, que denuncia o assédio moral nos ambientes de trabalho, acúmulo de função, reajustes salariais abaixo da inflação e trabalhos aos sábados não remunerados.
Além das reivindicações já citadas, a categoria expressou insatisfação com o novo tíquete-refeição, que vem apresentando restrições de aceitação em diversos estabelecimentos, prejudicando ainda mais os trabalhadores. “A gente já recebe pouco, e o cartão não é aceito em quase nenhum lugar. Mandaram a gente pra Lauro de Freita num sábado, sem pagar nem sequer nossa condução, debaixo de sol e chuva, em pé durante horas para receber esse novo tiquete, e ainda não ser aceito em varios lugares. É um sentimento de abandono”, disse uma das trabalhadores que não quis de identificar.
Ao fim da manifestação, Roxo sinalizou que, diante do cenário de falta de diálogo por parte da prefeitura, novas mobilizações, incluindo paralisações e até uma possível greve, estão no horizonte. “Se o diálogo não avança, precisamos ampliar nossas formas de pressão. A educação é essencial, e os trabalhadores que a fazem funcionar merecem respeito e dignidade”, finalizou.
